quinta-feira, 22 de março de 2012

Para atravessar contigo o deserto do mundo

Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo Ao lado dos teus passos caminhei
Por ti deixei meu reino meu segredo Minha rápida noite meu silêncio Minha pérola redonda e seu oriente Meu espelho minha vida minha imagem E abandonei os jardins do paraíso
Cá fora à luz sem véu do dia duro Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste E aprendi a viver em pleno vento

sexta-feira, 14 de maio de 2010

domingo, 14 de março de 2010

AO PASSAR:

AO PASSAR:

Não sei de quem me acolheu
Em vésperas de morte triste,
De quem de longe me deu
Toda a coragem que existe.

De que é feita a minha dor,
Minha saudade antevista,
Meu mudo chorar de amor
P'ra que o meu corpo desista.

Porque assim sei lá como ficar à espera
De um leve sopro do teu ar,
Na minha pele ao passar.
Como seduz a vida adormecida...
Como seduz a minha ida...

De que serve o meu calor
Se quem quero já não vem,
Se já não tenho o fervor
P'ra me dar a mais ninguém,more


























domingo, 14 de junho de 2009

António Variações - Canção Do Engate

Tu estas livre e eu estou livre
E há uma noite para passar
Porque não vamos unidos
Porque não vamos ficar
Na aventura dos sentidos

Tu estas só e eu mais só estou
Tu que tens o meu olhar
Tens a minha mão aberta
À espera de se fechar
Nessa tua mão deserta

Vem que o amor
Não é o tempo
Nem é o tempo
Que o faz
Vem que o amor
É o momento
Em que eu me dou
Em que te das

Tu que buscas companhia
E eu que busco quem quiser
Ser o fim desta energia
Ser um corpo de prazer
Ser o fim de mais um dia

Tu continuas à espera
Do melhor que já não vem
E a esperança foi encontrada
Antes de ti por alguém
E eu sou melhor que nada

sábado, 19 de julho de 2008

Este Inferno de amar

Este inferno de amar – como eu amo!
Quem mo pôs aqui n’alma...quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida – e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando – ai quando se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez...-foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! Que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! Despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei...dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? Eu que fiz? - Não o sei;
Mas nessa hora a viver comecei...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

terça-feira, 24 de junho de 2008