sábado, 19 de julho de 2008

Este Inferno de amar

Este inferno de amar – como eu amo!
Quem mo pôs aqui n’alma...quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida – e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando – ai quando se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez...-foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! Que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! Despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei...dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? Eu que fiz? - Não o sei;
Mas nessa hora a viver comecei...